monograph
• October 2022
Sulla scacchiera. Arte e scienza degli scacchi / O Xadrez e o Cérebro – Arte e Ciência / Chess and Brain. Art and science
Author: Autori vari
Publisher: Franco Maria Ricci / Fundação Champalimaud
Translation languages: en > pt / it, it > en / pt
Translators: Maria Valeria Caredda, Jeremy Carden, Maria João dos Santos Ivo per Il Nuovo Traduttore Letterario
A foray into a very ancient game, full of historical, artistic and literary appeal, seen from the interesting perspective of neuroscience. It is illustrated by a selection of the world’s most valuable chessboards, beautifully photographed by Massimo Listri: artistic artefacts from various eras and countries that portray the game aesthetically and figuratively, suggesting the relationship between artistic and intellectual expression.
It was a challenge for the translators who had to steep themselves in the world of the game and the minds of chess players!
Estratto dalla traduzione inglese
SYMPHONIES ON A CHESSBOARD
LIFE, THOUGHT, BEAUTY AND ACTION IN 64 SQUARES AND 32 PIECES
By Stefano Salis
Perhaps no other twentieth-century work made chess more iconic and closer to the popular imagination than Ingmar Bergman’s celebrated film The Seventh Seal (1957).
Of course, if one thinks of the moments of greatest popularity of chess, taken as a sport, as a game played by champions, there have been other events and highpoints. Above all when Bobby Fischer – perhaps the most famous chessplayer ever (due in part to the problematic and at times incredible trajectory of his life and playing career) – beat the Soviet Boris Spassky in the final of the World Championships in Reykjavik (thereby breaking a long period of Soviet predominance in the game). Or when the great Garry Kasparov dominated the world chess scene to the point that he challenged, and lost against, a computer (finally able, unfortunately, to play credibly against the best human chess masters). The game was very much in the news at the time, moving beyond the sphere of expertise and passion and becoming a topic of conversation among non-experts.
But we immediately need to draw a distinction here, which will hold true throughout this brief and obviously incomplete treatment. It is between what chess is for those who play it (from the weekend amateur to the great international master who shapes the history of the game) and those who watch it, or even just barely know it. The difference serves to tread a path along a ridge, one of deep understanding and social, personal, psychological and cultural implications but also of admiration from afar, of respect, even detachment or disinterest but never a lack of the particular kind of “attention” that the game stirs and instils in everyone – whether they play it, whether they barely know the rules or whether they observe it in ignorance or even disinterest.
Estratto dalla traduzione in portoghese
SINFONIAS NUM TABULEIRO DE XADREZ
VIDA, PENSAMENTO, BELEZA E AÇÃO EM 64 QUADRÍCULAS E 32 PEÇAS
Por Stefano Salis
Três coisas que encontrará em toda parte: uma mulher, uma espada e um tabuleiro de xadrez.
(Provérbio antigo)
Talvez nenhuma outra obra, no século XX tenha tornado o xadrez mais icónico e mais próximo do imaginário popular do que o celebérrimo filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman, de 1957.
Claro: se pensarmos nos momentos de absoluta popularidade do xadrez, entendidos enquanto prática desportiva, como jogo, os, em suma, jogados pelos campeões, existiram outros acontecimentos. Especialmente quando Bobby Fischer – talvez o jogador de xadrez mais famoso (também pelo seu lado problemático e, por momentos, incrível pela sua parte enquanto pessoa e jogador de xadrez) – conheceu e venceu o soviético Boris Spassky na final do Campeonato do Mundo em Reiquiavique (e, ao vencer, rompeu um longo domínio soviético no jogo), ou quando o grande Garry Kasparov dominou a situação a ponto de desafiar (e depois, afinal, perder) com um computador – finalmente, lamentavelmente, capaz de jogar com credibilidade contra os melhores mestres humanos – foram outros períodos apicais, nos quais o jogo se transformou num elemento no centro das notícias e ultrapassou a esfera das aptidões e paixões para entrar nas conversas, até de não conhecedores.
Mas importa aqui fazer de imediato uma distinção, que será válida ao longo deste breve e obviamente incompleto tratado, entre o que é o xadrez para quem o joga (e incluem-se aqui desde os amadores de domingo até aos grandes mestres internacionais, que fazem a história do jogo), e quem o observa, ou mesmo quem mal o conhece: uma diferença que serve para se deslocar ao longo de uma crista que é feita de profunda compreensão, implicações sociais, pessoais, psicológicas e culturais mas também de admiração à distância, de respeito, inclusive de distância ou desinteresse mas nunca de falta de um estado particular de “atenção” que o jogo suscita e tem conseguido ganhar em qualquer pessoa, tanto nos que o jogam, nos que apenas conhecem as regras, e aqueles que o observam como pouco conhecedores e até mesmo desinteressados.
Estratto dalla traduzione in italiano
Attraverso lo specchio a scacchi
Di Razvan Sandru e Zachary F. Mainen
Una storia lunga secoli
Chi non conosce gli scacchi? Giocano a scacchi i pensionati nei parchi, i bambini al doposcuola, i grandi maestri nei tornei ufficiali. Il precursore della versione moderna degli scacchi, di cui abbiamo notizia certa, è un gioco di guerra risalente al VII secolo e originario dell’India nordoccidentale, chiamato chaturanga, in seguito divenuto noto col nome di chatrang. Nel chatrang, due giocatori si affrontano con l’obiettivo di eliminare i pezzi dell’avversario o di catturare il loro re: “Dēwasārm ha dato al chatrang la forma di una battaglia, e come in battaglia, abbiamo due sovrani supremi a somiglianza dei Re (shāh), con le fedeli e insostituibili Torri (rukh) disposte a destra e a sinistra, un Consigliere (farzīn) alla guida di un manipolo di paladini, l’Elefante (pīl) a somiglianza di un comandante della retroguardia, il Cavallo (asp) a simboleggiare un comandante di cavalleria, e infine il Pedone (piyādak), immagine dei tanti fanti nella prima linea della battaglia”.
Come ci racconta H. Golombek, dall’India il chatrang si diffuse attraverso le rotte commerciali in ogni angolo del mondo. Viaggiò con i mercanti lungo la via della seta, raggiungendo la Cina intorno al 750 d.C. in una versione leggermente modificata, peraltro giocata ancora oggi, costituita da una tavola di 10 traverse e 9 colonne con un confine in mezzo a separare i due avversari. I mercanti resero popolare il chatrang anche nell’Impero bizantino e in Persia, dove nacquero diverse varianti locali del gioco, quali ad esempio gli scacchi circolari bizantini. Tuttavia, il gioco perse popolarità a causa delle leggi che si opponevano al culto degli idoli, fino a essere assolutamente vietato nel IX secolo [1,3]. Il chatrang continuò nondimeno a essere giocato in Persia e in tutto l’Impero arabo, allora in fase di espansione.